a palavra partiu-se
Nem eco ínfimo neste quarto
quase oco de mobília
Quase um tempo de vida a dormir
a teu lado e o desapego é isto:
um eco ausente, uma ausência de nome
a repetir-se
Saber que nunca mais: reduzida
a um canto desta cama larga
o calor sufocante
Em vez: o meu pé esquerdo
cruzado em lado esquerdo
nesta cama
O teu nome num chão
nem de saudades
Ana Luísa Amaral. Se fosse um intervalo. Dom Quixote (2009)
Ecos
En voz alta, he ensayado tu nombre:
la palabra se ha roto
Ni eco ínfimo en esta habitación
casi hueca de muebles
Casi un tiempo de vida durmiendo
a tu lado y el desapego es esto:
un eco ausente, una ausencia de nombre
que se repite
Saber que nunca más: reducida
a un extremo de esta cama ancha
el calor sofocante
En cambio: mi pie izquierdo
cruzado en lado izquierdo
en esta cama
Tu nombre en un suelo
ni de añoranza
2 comentários:
Olá Maria Alonso
Mais uma tradução que muito me agradou e que vou fazer chegar à Ana Luísa Amaral. Tenho a certeza que vai ficar muito feliz com este seu poema numa outra sonoridade. Vou também publicar no blog com a devida referência a este magnífico lugar.
Abraço
José
Obrigada, José. Pelo que sei a Ana Luísa Amaral já viu.
Abraço
María
Enviar um comentário