No rigor das dunas
Andar no arame
Não é próprio de desertos
Cruza sobre mim
As pontas do vento
E orienta-as a sul
Pelo sol
Mantém a tua mão
perpendicular às dunas
E encontra o equilíbrio
No corredor do vento
A nossa conversa percorrerá oásis
Os lábios a sede
Quando saíres
Deixa encostadas
As portas do Kalahari.
Paula Tavares. Manual para amantes desesperados. Caminho. 2007
Mantén la mano
Mantén la mano
En la rigidez de las dunas
Andar en la cuerda floja
No es propio de desiertos
Cruza sobre mí
Las puntas del viento
Y oriéntalas al sur
Por el sol
Mantén la mano
perpendicular a las dunas
Y encuentra el equilibrio
En el corredor del viento
Nuestro diálogo recorrerá oasis
Los labios la sed
Cuando salgas
Deja entornadas
Las puertas del Kalahari.
2 comentários:
E os silêncios percorrem as terrás áridas ou as férteis?
:)
Talvez, Eli, seja preciso escrever um tratado sobre os silêncios: há silêncios que ferem, há silêncios que fazem crescer. Formam sempre parte da música e do ruído.
:)
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