terça-feira, 14 de dezembro de 2010

na vastidão infinita do silêncio...

na vastidão infinita do silêncio
sinto o toque indelével do choro da noite
nas cercanias de um epicentro em ferida.

flutuo no crepúsculo
no etéreo firmamento que me abraça
e mergulho novamente no vazio.

movo-me nas periferias do fim duma vida
no fundo dissimulado de um espelho
onde habita o meu reflexo.

Rui Amaral Mendes. Do fundo do silêncio. Cosmorama Edições (2007)


en la inmensidad infinita del silencio
oigo el toque indeleble del lloro de la noche
en las cercanías de un epicentro en herida.

fluctúo en el crepúsculo
en el etéreo firmamento que me abraza
y me sumerjo nuevamente en el vacío.

me muevo en las periferias del fin de una vida
en el fondo disimulado de un espejo
donde habita mi reflejo.

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