en las solapadas tardes del otoño,
en los virginales amaneceres
de las primaveras
y me queda tan solo
el silencio de mi rostro
perdido en los inviernos.
Como en el silencio
las imágenes quedan para siempre
en el lugar donde mueren las palabras.
José Antonio Labordeta. Zaragózame
Último poema
Perdi a minha imagem
nas assolapadas tardes do outono,
nos virginais amanheceres
das primaveras
e sobra-me apenas
o silêncio do meu rosto
perdido nos invernos.
Como no silêncio
as imagens ficam para sempre
no lugar onde morrem as palavras.
(Agradeço a colaboração ao Alexandre de Castro.)
3 comentários:
Foi um prazer, Maria Alonso. Estarei sempre disponível a uma sua solicitação..
Maria Alonso:
Depois de ter colocado o comentário anterior, voltei a ler o lindo e triste poema de José Antonio Labordeta. Assaltou-me uma dúvida (uma dúvida metódica, como são sempre as minhas dúvidas) se a designação do respectivo título não pretende sinalizar o anúcio antecipado do fim deste blogue, em boa hora aparecido. Seria uma pena!
Alexandre, escolhi esse poema concretamente porque o José Antonio Labordeta morreu na madrugada do Domingo 19 de Setembro de 2010.
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