da que deixei pela manhã
no mundo
a água tomou o lugar de tudo
reúno baldes, estes vasos guardados
mas chove sem parar há muitos anos
Durmo no mar, durmo ao lado de meu pai
uma viagem que se deu
entre as mãos e o furor
uma viagem que se deu: a noite abate-se fechada
sobre o corpo
Tivesse ainda tempo e entregava-te
o coração
José Tolentino Mendonça. A noite abre meus olhos.
3. A que distância deixaste o coração
3. A que distância deixaste o coração
La casa adonde a veces regreso
La casa adonde a veces regreso está tan lejos
de la que he dejado esta mañana
en el mundo
el agua ha ocupado el lugar de todo
reúno cubos, jarrones guardados
mas llueve sin parar desde hace años
Duermo en el mar, duermo al lado de mi padre
un viaje que se ha dado
entre las manos y el furor
un viaje que se ha dado: la noche se abate cerrada
sobre el cuerpo
Si tuviese tiempo todavía te entregaba
el corazón
2 comentários:
Contas feitas por alto, foram publicados 23 poemas de autores portugueses, contra 9 poemas de autores que se expressam em castelhano. O desequilíbrio é notório.
Este blogue poderia ser o espaço ideal para os leitores portugueses terem acesso à poesia de expressão castelhana.
Poderia, Alexandre, mas para isso ainda tenho que comer muito caldo verde.
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